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A educação financeira é um tema essencial para garantir uma vida financeira equilibrada, mas, infelizmente, ainda é pouco explorado no Brasil. Entender como o dinheiro funciona, como administrá-lo e investir de forma consciente são passos fundamentais para fugir de dívidas e alcançar objetivos, porém grande parte da população ainda convive com a falta de conhecimento básico sobre finanças.
Pesquisas recentes mostram que boa parte dos brasileiros não possui domínio suficiente para organizar as próprias finanças, e quando percebem a necessidade de aprender, muitas vezes já enfrentam situações complicadas, como endividamento e falta de planejamento.
Além disso, fatores culturais, sociais e comportamentais contribuem para manter a educação financeira fora do dia a dia, criando um ciclo difícil de quebrar, no qual o dinheiro se torna um problema em vez de uma ferramenta para realizar sonhos.
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O que é educação financeira?

Educação financeira é saber como organizar, planejar e estruturar a sua vida financeira. Dessa maneira, é importante entender como o dinheiro funciona: como se ganha, gerencia, investe e gasta. Assim, conseguiremos entender o ciclo que ele faz.
Um levantamento apontado pelo E-Investidor avaliou o nível de conhecimento dos brasileiros sobre finanças. O resultado mostrou que 41% dos entrevistados sabem pouco ou quase nada sobre o tema. Já 37% afirmam saber apenas o básico, enquanto apenas 18% se mostraram suficiente para organizar as finanças pessoais.
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Como está a educação financeira no Brasil?
A educação financeira não é um assunto que está em pauta na vida dos brasileiros. Muito pelo contrario, a falta desse conhecimento tem causado danos nos planos de muitos. Isso porque, quando chegam a conhecer um pouco mais do assunto, já estão mais velhos, e muitas vezes endividados.
Para entender a situação, de acordo com a última pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), feita em 2020, cerca de 45% dos brasileiros não fazem controle financeiro e, entre os que fazem, mais de 20% usam a própria memória para se organizar.
Dessa maneira também podemos somar a falta de conhecimento sobre investimentos. Isso é fato para a grande parcela dos brasileiros. Os poucos que ainda se organizam e conseguem poupar algo no final do mês, não investe o dinheiro, fazendo com que ele perca o seu valor de compra com o passar dos anos.
Principais causas da falta de educação financeira no Brasil
Afinal de contas, o que está causando essa falta de um planejamento financeiro por parte dos brasileiros? Bom, como já dito antes, os ensinamentos básicos sobre educação financeira não foram passado para todos, por isso, poucas pessoas sabem administrar bem o seu dinheiro.
Em uma pesquisa feita pela Onze, fintech de Saúde Financeira e Previdência Privada do Brasil, para o site E-Investidor, apontou que que 47% dos brasileiros não conseguem organizar o próprio dinheiro. Além disso, outros 59% que não sabem como fazer e 26% disseram que já tentaram, mas desistiram no meio do caminho.
Isso porque, o ensino sobre finanças deveria começar na escola. Mas dificilmente isso acontece. E quando o assunto passa ao menos ser mencionado em alguma aula, é simplesmente raso, sem qualquer aprofundamento.
Outro pronto que podemos observar como um dos motivos dessa desorganização financeira no Brasil, é a cultura. Poder falar de dinheiro em casa, muitas vezes ainda é um tabu. O que acaba criando uma barreira para o conhecimento e trocas de experiências dentro de um ambiente familiar. Além disso, a desigualdade social, que no Brasil é enorme, acaba por mostrar a falta de estrutura, recursos e oportunidades para aprender e desenvolver sobre o assunto.
Ademais, vivemos em uma sociedade de consumo, onde o objetivo é apenas comprar. Não se foi ensinado a poupar dinheiro, ou muito menos como administrá-lo. Isso também é um dos fatores que impulsionam a falta de educação financeira.
Principais desafios
A educação financeira enfrenta barreiras que vão além da simples falta de informação. Muitas pessoas não têm acesso a conteúdos de qualidade e acabam sem entender como gerenciar suas finanças no dia a dia. Além disso, fatores culturais e comportamentais dificultam ainda mais a adoção de práticas financeiras saudáveis, mesmo quando o conhecimento básico já foi adquirido.
- Falta de consciência sobre a importância da educação financeira e pouca oferta de recursos adequados
- Complexidade do tema, com jargões técnicos que dificultam o aprendizado
- Desafio de mudar hábitos financeiros antigos e aplicar novos conhecimentos
- Dificuldade em encontrar informações realmente confiáveis e relevantes
- Tabus culturais que limitam conversas abertas sobre dinheiro
Superar esses desafios exige não só acesso a bons materiais, mas também disposição para colocar em prática novos hábitos e buscar aprendizado contínuo. Quando o assunto finanças passa a ser tratado com naturalidade, torna-se muito mais fácil tomar decisões conscientes e saudáveis para o presente e o futuro.
Dicas para colocar em prática a educação financeira em prática
Como podemos ter observado a falta de educação financeira é um problema na vida de muitos brasileiros. Mas não se pode deixar que esse problema continue se prolongando de mais anos e anos. Por isso, fica aqui algumas dicas para quem deseja começar a ter uma vida financeira mais tranquila e controlada:
- Faça uma análise da sua situação financeira
- Controle seus gastos
- Defina metas
- Se aprofunde sobre o assunto
- Crie o hábito de poupar dinheiro
- Invista
Assim, começando a se organizar, criando habitos e tendo constância, é possivel ter uma vida financeira tranquila e segura. E principalmente, conseguirá se organizar para metas de longo prazo, podendo até focar em mais de uma.
Comece a investir
Um hábito que você quem está começando a organizar a vida financeira, ou quer começar, é investir o dinheiro que está guardando para as metas de curto, médio e longo prazo. Dessa maneira, o seu dinheiro irá conseguir passar pela inflação sem que sofra grandes danos ou perca o valor de compra.
Por isso, pesquise sobre o assunto, descubra o seu perfil de investidor, e poste em investimentos seguros e que tenham uma ótima liquidez, no máximo de D+1, que significa no próximo dia útil. Assim, se precisar sacar o dinheiro para um emergência terá o dinheiro disponível.
Conclusão
Diante de tantos desafios e obstáculos, é evidente que a educação financeira precisa ganhar mais espaço na rotina e na cultura dos brasileiros. Começar a falar sobre dinheiro sem tabu, buscar fontes confiáveis de informação e transformar o conhecimento em prática são atitudes indispensáveis para quem deseja viver com mais tranquilidade e segurança financeira.
Aos poucos, com disciplina e constância, é possível mudar hábitos antigos e conquistar uma relação mais saudável com o próprio dinheiro. Por isso, mesmo que o tema ainda pareça distante ou complicado, o ideal é começar com pequenos passos e manter a consistência na organização financeira.
Entender seus gastos, poupar, investir e planejar o futuro são atitudes que, além de melhorar a qualidade de vida, ajudam a abrir portas para novas oportunidades e objetivos. Afinal, com educação financeira, fica muito mais fácil transformar sonhos em realidade.